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“Eu sempre suspeitei de que havia alguma coisa a mais, mas a realidade foi muito pior do que minhas suspeitas”. Essa afirmação veio à tona durante uma sessão de coaching financeiro com um casal. Eles estavam decididos a sair do endividamento gerado pelo descontrole nas despesas.
“Eu sempre suspeitei de que havia alguma coisa a mais, mas a realidade foi muito pior do que minhas suspeitas”. Essa afirmação veio à tona durante uma sessão de coaching financeiro com um casal. Eles estavam decididos a sair do endividamento gerado pelo descontrole nas despesas.
A administração das finanças familiares até esse momento, mesmo que mal administradas, não gerava nenhum atrito no relacionamento deles. Um administrava e o outro ficava “numa boa”, sem saber muito para onde ia o dinheiro e nem sequer perguntando, ainda que fosse o maior contribuinte para bancar as despesas do casal.A traição financeira, nesse caso, aconteceu da seguinte maneira: um deles – o desinformado – achava que o carro estava quitado, pois tinha terminado de pagar o parcelamento combinado quando foi comprado. Porém, quem administrava as finanças familiares decidiu que, dado que o dinheiro não ia alcançar para fazer aquela “viagem sonhada”, utilizaria o carro como garantia de um empréstimo pessoal. O carro do casal estava no nome do “administrador” das finanças familiares. O “desinformado” nunca foi consultado por essa decisão.E o drama começou quando aconteceu um atraso no pagamento das parcelas combinadas e chegou uma carta de aviso de penhora do carro que foi aberta pelo que não estava sabendo da situação. Gritos, recriminações, ameaças de separação, prantos e aquela frase “eu sempre confiei em você!”, acompanhada da “se você me mentiu com isso, quantas coisas mais eu não conheço?”, entre outras.Esse tipo de infidelidade – a financeira – pode abalar um relacionamento quase tanto quanto a infidelidade sexual. Mas como evitar que isso aconteça?1) Transparência: os assuntos financeiros da família devem ser discutidos por todos os integrantes da família, e isso inclui os filhos!;2) Objetivos familiares e individuais: quais são os objetivos (sonhos) da família (a serem alcançados por todos) e os individuais? Todos deveriam ter, no mínimo, três sonhos: um de curto, um de médio e um de longo prazo. Quanto custa cada sonho? Quanto irão poupar por mês para alcançá-los? Em quanto tempo irão conseguir realizar cada sonho? Dividir os sonhos e anseios gera união, camaradaria, foco e apoio mútuo;3) Diagnosticar: quais são os ganhos líquidos da família? (o dinheiro que é depositado na conta bancária), quais são as despesas mensais? Se a família tiver ganhos fixos, fazer esse diagnóstico por 30 dias; se forem vaiáveis, fazê-lo por 90 dias; quanto somam as parcelas mensais de endividamentos já contraídos?;4) Orçar: o orçamento mensal será o guia para alcançar os sonhos, pagar as dívidas e não mais se endividar novamente. Priorizar as despesas, conhecendo todas elas, permite escolher quais serão reduzidas. Dessa forma, resta aplicar esse dinheiro para reduzir as dívidas (se houverem) e para alcançar os sonhos;5) Poupar: poupar tem um efeito mágico: os juros a seu favor ajudam a alcançar os objetivos num prazo menor!Tudo isso funcionará se existir um diálogo aberto acerca dos assuntos financeiros e nada “escondido dentro do armário”! O dinheiro não aceita desaforo e os relacionamentos também não! Desfrute da companhia da sua família e de seus entes queridos. Divida as responsabilidades, dialogue, planeje e seja feliz!
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