Arte japonesa e educação financeira: lições para a vida

04/03/2022

“Quando os japoneses reparam objetos quebrados, eles enaltecem a área danificada preenchendo as fissuras com o ouro. Eles acreditam que, quando algo sofre um dano e tem uma história, torna-se mais bonito. A arte tradicional japonesa de reparação de cerâmica quebrada com um adesivo forte e spray, imediatamente após a cola, com pó de ouro, chama-se Kintsugi. O resultado é que as cerâmicas não são apenas reparadas, mas tornam-se ainda mais fortes do que seu estado original.”


“Quando os japoneses reparam objetos quebrados, eles enaltecem a área danificada preenchendo as fissuras com o ouro. Eles acreditam que, quando algo sofre um dano e tem uma história, torna-se mais bonito. A arte tradicional japonesa de reparação de cerâmica quebrada com um adesivo forte e spray, imediatamente após a cola, com pó de ouro, chama-se Kintsugi. O resultado é que as cerâmicas não são apenas reparadas, mas tornam-se ainda mais fortes do que seu estado original.”

Se levarmos isso para o lado humano em que somente o ser racional que somos é capaz de criar dívidas, uma vez que a moeda de troca, o dinheiro, é privilégio da raça humana, podemos fazer uma analogia de que a pessoa que consegue livrar-se das dívidas está naturalmente blindada contra o endividamento. Infelizmente não é correto, porque a pessoa pode se livrar das dívidas de diversas formas; um dinheiro extra que entrou, horas a mais que desenvolveu no seu trabalho, um presente recebido em espécie, indenizações, prêmios, etc. Se não tiver Educação Financeira adequada, mais dias menos dias, o dinheiro terá sido mal administrado e, novamente, estará diante de um problema financeiro.Estudos nos mostram que a pessoa não se endivida porque ganha pouco, mas porque não administra adequadamente o que ganha, muitas vezes pela falsa ideia de “status” que, neste caso, nada mais é do que gastar o que não tem, para comprar o que não precisa e exibir a quem não conhece.A DSOP, por meio de sua metodologia de diagnosticar, sonhar, orçar e poupar, remete a pessoa a uma mudança de comportamento, revendo como e quando começou sua relação com o dinheiro. Quem foi que lhe orientou de como proceder diante “dessa moeda mágica”, que pode nos levar à realização dos mais belos sonhos ou aos maiores pesadelos, se não entendermos que, se mal administrado, pode nos remeter ao mundo obscuro e complexo das dívidas, juros passivos, e inadimplência generalizada, caírem nos empréstimos e acordos sem fim, além do desencadeamento de doenças, aparentemente sem qualquer relação direta, que começam com dores de cabeça, de estômago, fadiga generalizada e o tão complexo e sério estresse, doença de nosso século.A Educação Financeira vai muito além de planilhas, cálculos e poupança de tudo o que sobra – quando sobra. Vai ao encontro direto da realização de sonhos, que estão diretamente atrelados ao dinheiro, sua posse, domínio e empoderamento pessoal.O intuito não é incentivar ninguém a ficar rico, mas acima de tudo, respeitar o dinheiro e usá-lo de forma consciente. Aprendemos que o dinheiro é um meio e não um fim, ou seja, é uma ferramenta para a realização de sonhos, não apenas para se juntar e simplesmente ter na conta.A Metodologia DSOP é uma maneira simples e eficaz de ensinar a família como um todo, desde a mais tenra idade, quando tem o primeiro contato com o dinheiro, visando promover uma relação sadia e equilibrada com as finanças, tornando-se um adulto sustentável mais consciente e detentor de seu próprio dinheiro.Em vez de tentar esconder as falhas e fissuras, estas são acentuadas e celebradas como as que se tornaram, agora, as partes mais fortes da peça. Esse é o espírito que a educação financeira compartilha com a técnica de Kintsugi. Todos podem, basta querer e se comprometer com a escolha feita.

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