Brasileiro gasta até 30% de modo desnecessário

04/03/2022

A avaliação é do educador financeiro Reinaldo Domingos, do Instituto DSOP, de São Paulo. Na última segunda, o Serasa Experian informou que a taxa de inadimplência atingiu 22,3% no primeiro semestre deste ano, a maior nos últimos 10 anos. Para o especialista, que lançou este ano o livro Livre-se das Dívidas – Como Equilibrar as […]


A avaliação é do educador financeiro Reinaldo Domingos, do Instituto DSOP, de São Paulo. Na última segunda, o Serasa Experian informou que a taxa de inadimplência atingiu 22,3% no primeiro semestre deste ano, a maior nos últimos 10 anos. Para o especialista, que lançou este ano o livro Livre-se das Dívidas – Como Equilibrar as Contas e Sair da Inadimplência, o brasileiro “tem entre 2% e 30% de gastos desnecessários em todos os tipos de despesas”, frisou.

Para Reinaldo Domingos, o crescimento da Economia fez muitas famílias brasileiras passarem a comprar “o que nunca desejaram nem necessitaram ter”.

Este processo, contínua o educador financeiro, é resultado principalmente das facilidades de acesso ao crédito e a publicidade divulgando cada vez mais os produtos. O educador financeiro destaca ainda o aumento de 13,7% da demanda pessoal de créditos no primeiro semestre.

“Se você faz uma dívida consciente, com controle, sabendo que vai pagar parcelas e juros, tudo bem. Mas o endividamento sem controle é o que está causando inadimplência”, adverte.“Estamos caminhando a passos largos para que cada vez maior endividamento de pessoas e famílias”.

Em Livre-se das Dívidas…, Domingos apresenta um modelo de retomada do controle financeiro em 10 orientações:

1. Fazer um diagnóstico financeiro anualmente;2. Ter no mínimo três sonhos (curto, médio e longo prazos);3. Elaborar um orçamento financeiro mensal;4. Poupar mensalmente parte do que ganha para os sonhos;5. Gastar menos do que ganha;6. Ter limites de cartão de crédito inferiores a seus rendimentos;7. Não usar cheque especial, se possível nem ter;8. Manter reservas para situações emergenciais;9. Distinguir o que é essencial do supérfluo;e10. Comprar sempre à vista e com desconto.

Conforme o professor, educação financeira tem menos a ver com cálculos e matemática e mais com psicologia, hábitos de consumo.

O orçamento deve prever ainda uma provisão para pagamentos anualizados, como IPVA e seguro do carro. Quem gasta, por exemplo, R$ 1.200 com estas despesas, deve economizar R$ 100/mês apenas para este desembolso.

A reorganização do orçamento passa obrigatoriamente pelo envolvimento com a família e por definição de sonhos (projetos) pessoais e coletivos da família em nome dos quais se poupará:

“A conversa com a família é uma negociação. Você controla os gastos em troca de uma outra coisa que sonha. Senão vai passar a vida inteira entrando e saindo de dívida”.

O professor avalia que, após levantar todos os gastos com os filhos, é possível estipular um mesa de até 50% do valor deste montante despendido.

Projetando o futuro, Domingos defende a inclusão da educação financeira nos ensino fundamental e médio. Atualmente, o governo federal já desenvolve ações neste sentido, por meio da Estratégia Nacional de Educação Financeira, instituída em 2010 pelo então presidente Luiz Inácio Lula da Silva.

Fonte: http://www.acias.com.br/news.php?id_news=379

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