8 orientações para evitar briga de casal por causa de dinheiro

04/03/2022

Quando falamos de finanças paracasais, é importante cuidado para evitar brigas, o que é muito comum. Hoje em minhas consultorias percebo que para grande parte dos casais ocorre o desconhecimento do valor do salário do companheiro ou mesmo de como esses gasta tais valores.Essa informação é bastante preocupante, já que demonstra uma grande possibilidade de […]


Quando falamos de finanças paracasais, é importante cuidado para evitar brigas, o que é muito comum. Hoje em minhas consultorias percebo que para grande parte dos casais ocorre o desconhecimento do valor do salário do companheiro ou mesmo de como esses gasta tais valores.Essa informação é bastante preocupante, já que demonstra uma grande possibilidade de problemas relacionados ao dinheiro no futuro. Isso porque, a primeira orientação em relaçãoao tratamento do dinheiro docasalé sempre muito diálogo, principalmente nesse período de crise, quando as pessoas estão mais nervosas, mas isso também nãoocorre.Mas,quala saída?Omais adequado é construir um orçamento familiar baseados nos sonhos e objetivos da família. Também é muito importante que ocorraoquanto antes a definiçãode regras financeiras a serem seguidas, como quem pagaoquê. Contudo, essas regras devem ser alvos de constantes reavaliações.Paraocasal, algumas questões se mostram fundamentais, como a questãode como dará a divisãodas contas. É possível ter uma conta conjunta para que esses compromissos sejam pagos. Porém, acredito que seja interessante avaliar a possibilidade de cada um ter sua conta corrente, definindo os limites, pois cada um pode ter seus próprios gastos.Já, quandooassunto éinvestimento, esse deve ser feito em conjunto, pois, assim, se poupa mais dinheiro e obtém melhores resultados. Só tratando de forma diferenciada a questãoda aposentadoria, já que esseinvestimentodeve ser separado para cada um, lembrando que, quem nãoconstruir sua aposentadoria, um dia, terá que pedir dinheiro para alguém, certo?Osegredo, então, é colocar tudo na mesa, nunca esquecendo queoassunto mais importante a ser conversado nãosãoas despesas, e sim os sonhos e desejos individuais e coletivos. É muito comum os sonhos serem deixados de lado, mas, acredite, esse é um erro capital de milhões decasais.É importante estar atento, colocando sempre, no mínimo, três sonhos – curto (até um ano), médio (de um a dez) e longo prazo (acima de dez anos) –, todos acompanhados de informações básicas, como quanto custa e quanto será guardado mensalmente. Caso contrário, nãoserãosonhos, e sim verdadeiros pesadelos para oscasais, podendo “esfriarorelacionamento”.É preciso reforçar que, mesmo tendo contas separadas, quando se opta pelo casamento, é preciso nãodiscriminar quem ganha mais ou menos. Trata-se de uma família e, neste caso, a receita deve ser pensada e somada para todos que dela participam. Assim, se deve definir um limite de gasto para cada um e fazer com que ele seja respeitado. Caso isso nãoocorra, deverá ser motivo de diálogo.Veja algumasorientações:

  1. Recomendo reuniões frequentes entre o casal para debater as finanças, porém, diferente do que ocorre frequentemente, esse não deve ser um momento apenas de tensão, mas sim de projeção;2.    Estabeleçam sempre sonhos de curto, médio e longo prazos, lembrando que se deve ter objetivos coletivos e individuais;3.    Um ponto que geralmente é foco de divergências é o padrão de vida que o casal leva, assim, faça um diagnóstico financeiro e, com os números reais da vida financeira, ajuste o padrão dentro dessa lógica;4.    Outro motivo de briga é o fato de um dos parceiros ser mais acomodado. É importante entender que cada um possui um estilo, assim, recomendo a busca de um meio termo, com regras bem estabelecidas e não ficar batendo sempre na mesma tecla;5.    O ponto fundamental é que, quando só um dos parceiros trabalha externo, também deve se ter a preocupação com a vida financeira em longo prazo, no caso aposentadoria;6.    Caso tenham filhos, é preciso inclui-los na conversa sobre dinheiro e, mais do que isso, também devem chegar a um acordo sobre como será a educação deles em relação às finanças;7.    Se um dos parceiros fez alguma ação errada em relação ao dinheiro, lógico que haverá um nervosismo inicial, por isso, tente deixar o debate para um momento no qual já conseguiu se acalmar um pouco e refletir sobre o ocorrido. Contudo, não finja que nada ocorreu, guardar pode causar “estouros” futuros;8.    Lembrem-se, é nas dificuldades que vemos com quem realmente podemos contar. Assim, em caso de crise financeira, em vez do distanciamento, o ideal é buscar estar mais perto de quem gostamos.

Reinaldo Domingos, educador financeiro, presidente da Associação Brasileira de Educadores Financeiros (Abefin), autor dos livros  Por que enfrentamos crises e não estamos preparados, Terapia Financeira, Mesada não é só dinheiro, Eu mereço ter dinheiro, Livre-se das Dívidas, Ter Dinheiro Não Tem Segredo, das coleções infantis O Menino do Dinheiro e O Menino e o Dinheiro, além da coleção didática de educação financeira para o Ensino Básico, adotada em diversas escolas do país.

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