Combos de bebidas nem sempre rendem economia a biriteiros nas boates do Rio

Depois que criaram os combos de bebidas, kits que incluem vodca, uísque, energético e suco, entre outros líquidos, ninguém mais passou sede na noite carioca.
É raro ver uma mesa que não tenha o tão almejado mix de biritas. Apesar da possibilidade de se dividir com os amigos a conta de uma compra quase que por atacado, nem sempre o combinado sai mais barato para o consumidor. Em algumas casas de shows, quem adquire doses e latas de bebida separadamente, por exemplo, tem uma economia de até 12%. É o caso do Barra Music. Lá, um combo de Red Label com cinco latas de Red Bull sai a R$ 388 contra R$ 340 referentes a 20 doses de Red Label (50ml cada) e cinco latas (250ml cada) de Red Bull.
Outro item de luxo muito consumido pelos frequentadores de casas noturnas, principalmente as meninas, é a garrafa do espumante Chandon, que chega a custar R$ 120. O status embutido na bebida vale o preço, segundo os apreciadores:
— Apesar de ser uma bebida cara, o sabor compensa. Tem também essa questão do glamour. A taça chama atenção — disse a estudante Dayana Lopes, de 23 anos.
Para o economista Augusto Martins, de 37 anos, o combo desperta fascínio no público feminino.
— Fica muito mais fácil para atrair as mulheres quando tem um combo na mesa.
Everton Lima, da DSOP Educação Financeira, alerta para gastos excessivos. Segundo o especialista, os quase R$ 400 de um combo, se economizados, podem servir para concretizar sonhos, como o de um carro, por exemplo:
— Em dois fins de semana que a pessoa deixa de gastar esse dinheiro, já soma o suficiente para pagar a prestação de um veículo financiado.
Lima recomenda que o consumidor avalie suas metas, antes de gastar além da conta.