Crescem ações por atraso de aluguel

04/03/2022

O número de proprietários que recorreram à Justiça para receber os aluguéis atrasados, que pode resultar no despejo do inquilino do imóvel, aumentou 48,08% na capital paulista. O crescimento apontado pelo Sindicato da Habitação (Secovi) é referente à comparação de fevereiro de 2010, quando foram contabilizados 1.543 casos, e o mesmo período do ano passado, quando foram ajuizadas 1.042 ações por falta de pagamento.


Inadimplência pode ter sido motivada pelos gastos mal planejados no começo do ano

O número de proprietários que recorreram à Justiça para receber os aluguéis atrasados, que pode resultar no despejo do inquilino do imóvel, aumentou 48,08% na capital paulista. O crescimento apontado pelo Sindicato da Habitação (Secovi) é referente à comparação de fevereiro de 2010, quando foram contabilizados 1.543 casos, e o mesmo período do ano passado, quando foram ajuizadas 1.042 ações por falta de pagamento.Para o diretor de Legislação do Inquilinato do Secovi, Jaques Bushatsky, não foi registrado um fato específico que explique a grande diferença no período. No entanto, uma das causas apontadas é a simples desorganização dos locatários em relação aos gastos e compromissos.No início do ano aumentam as despesas familiares, como matrícula escolar, compra de material, pagamentos de IPTU e IPVA, parcelamento das dívidas do cartão de crédito provenientes das compras de final de ano, o que influencia no aumento da inadimplência e consequentemente no número de ações por falta de pagamento do aluguel.Em fevereiro, a inadimplência foi o principal motivo das ações relativas a contratos de locação, representando 85,77% do total. Para evitar ser alvo de ações judiciais, o educador financeiro Reinaldo Domingos defende o planejamento. “A inadimplência é consequência de ações que não foram tomadas preventivamente. A pessoa aluga um imóvel que não condiz com o seu padrão de vida.”O problema de inadimplência do aluguel acaba refletindo no fiador, que muitas vezes também não consegue arcar com os valores atrasados. Uma medida sugerida por Domingos para evitar ações e o despejo é o seguro-fiança, que elimina a figura do fiador e dá cobertura para os aluguéis atrasados, bem como o ressarcimento de danos ao imóvel, por exemplo. “Muitas pessoas são movidas por dois fatores: o marketing publicitário e o crédito fácil. Estão em uma zona de conflito constante, fazendo dívidas sem conseguir arcar com os compromissos.”DICAS-Registrar todos os gastos-Reduzir gastos em excesso e eliminar gastos supérfluos-Discutir em família as despesas-Estabelecer prioridades e objetivos-Montar seu primeiro orçamento financeiro com ganhos, objetivos e despesasFonte: http://txt.jt.com.br/editorias/2010/03/25/eco-1.94.2.20100325.7.1.xml

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