O endividamento, educação financeira e os sonhos

04/03/2022

O relatório de janeiro deste ano do Serviço de Proteção ao Crédito (SPC Brasil) e do CNDL (Confederação Nacional de Dirigentes lojistas) mostrou um número bastante significativo no país: 60,7 milhões de inadimplentes pessoas físicas. A região Sul representa 13.1% desse número. com 8,25 milhões de pessoas em situação de endividamento.Claro que muitos aspectos poderiam […]


O relatório de janeiro deste ano do Serviço de Proteção ao Crédito (SPC Brasil) e do CNDL (Confederação Nacional de Dirigentes lojistas) mostrou um número bastante significativo no país: 60,7 milhões de inadimplentes pessoas físicas. A região Sul representa 13.1% desse número. com 8,25 milhões de pessoas em situação de endividamento.Claro que muitos aspectos poderiam explicar os motivos desses consumidores com seus CPF negativados. Cito principalmente a profunda crise por qual passou o País, principalmente entre 2013 e 2016, que gerou consequências nefastas, como o aumento do desemprego, queda na renda do trabalhador e a alta taxa de juros, tornando o crédito mais caro.Mas, também, não devemos deixar de reconhecer que os brasileiros, em grande maioria, não possuem boas práticas de educação financeira, que poderia possibilitar um melhor controle no trato do dinheiro e do consumo.Isso explica a grande preocupação do Governo Federal tem preocupação com a educação financeira, pois, com o Decreto nº 7397/2010, institui a Estratégia Nacional de Educação Financeira – ENEF, que tem entre seus objetivos “aumentar a capacidade do cidadão para realizar escolhas conscientes sobre a administração dos seus recursos”.E esse realmente é o caminho, começar o quanto antes, sendo que os números do SPC Brasil demonstram que até na faixa mais jovem – 18 a 24 anos – o número de endividados é expressivo, representando 20,14% do total de inadimplentes em nosso País.Como o tema é de suma importância, nada melhor do que iniciar as crianças e jovens no absorção desse conhecimento desde cedo, dentro de faixas etárias menores. E foi com este intuito que o MEC introduziu na Base Nacional de Comum Curricular (BNCC) a obrigatoriedade nas escolas, já a partir de 2018.Essa abordagem do conteúdo de Educação Financeira no ensino fundamental, mesmo que de um a forma transversal – aproveitando disciplinas como a Matemática e Ciências da natureza –é um grande acerto. Contudo, ainda se tem algumas audiências públicas e posterior aprovação pelo Conselho Nacional de Educação para sua implementação nos currículos escolares, que poderão adaptá-lo conforme sua grade.Se deve ter em mente que jovens conscientes e educados sobre os gastos de seus recursos, têm ótimas probabilidades de no futuro estruturar gerações de consumidores mais conscientes, maduros, poupadores e menos inadimplentes.O dinheiro é coisa séria na vida das pessoas, sendo, muitas vezes, motivos de tristeza, se mal administrado. Mas também pode se tornar um meio para realização de diversos sonhos que se almeja, a educação financeira pode proporcionar isto, então, é importante ir atrás dos sonhos.

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