Entenda o que é a deflação e como ela pode ser pior que a inflação

04/03/2022

A inflação é um velho conhecido da economia mundial, mas se bem controlada torna-se um mal necessário. Agora, a deflação não é tão comum, por isso, acompanhe este artigo até o final e entenda o que é a deflação e seus malefícios. Por | Paulo Paquera Para que você entenda o que é a deflação, […]


A inflação é um velho conhecido da economia mundial, mas se bem controlada torna-se um mal necessário. Agora, a deflação não é tão comum, por isso, acompanhe este artigo até o final e entenda o que é a deflação e seus malefícios.

Por | Paulo Paquera

Para que você entenda o que é a deflação, primeiro, precisa entender – caso não saiba –, o que é a inflação, que nada mais é do que o movimento contrário da economia. Veja abaixo.

Inflação e deflação estão polarizadas, em campos totalmente opostos, mas que são ligados pelo mesmo sinal de alerta.

Imagine que um país sofra com uma inflação descontrolada, isso mostra problemas econômicos sérios, sinalizando que a situação não está indo bem, já que a moeda corrente desvaloriza, perdendo seu poder de compra.

O contrário também é igualmente preocupante, caso a deflação ocorra por um período prolongado, isso mostra que a economia também não está girando como deveria, forçando os comerciantes a reduzirem seus preços a níveis prejudiciais a todos.

A partir de agora você vai entender exatamente a diferença entre essas situações econômicas. Vamos lá?

A boa (às vezes não tão boa) e velha inflação

Em um primeiro impacto, o termo “inflação” remete apenas a situações ruins, porém, é importante deixar claro que, dentro de uma economia saudável, estável e confiável a inflação é um mal necessário.

Tê-la sob controle significa que o país está indo bem, que as engrenagens econômicas estão encaixadas e rodando perfeitamente, com a força necessária para crescer de forma saudável.

No Brasil, a inflação é medida pelo Índice de Preços para o Consumidor Amplo (IPCA), onde ele indica a taxa de aumento sobre itens do dia a dia, como: alimentação, habitação, transporte, saúde e educação.

Todo país trabalha com uma meta anual de inflação, que tem o objetivo de dar segurança para a economia continuar estável e dar previsibilidade a longo prazo.

Além disso, esse indicador mostra o quanto determinado país é confiável para se investir com tranquilidade, sem a preocupação de grandes oscilações.

Do ponto de vista econômico, a inflação sob controle ajuda a trazer mais dinheiro para o mercado.

Entenda o que é deflação

Agora que sabemos exatamente o que é a inflação, vamos falar do seu oposto e entender o que é a deflação e quais seus impactos no cotidiano de uma sociedade.

De forma simplificada a deflação é a queda dos preços.

Caso ela ocorra por algum movimento pontual, como por exemplo, em um mês a oferta de determinado produto ou serviço aumenta exponencialmente, a manobra natural é a queda dos preços. Neste caso, não é preocupante.

No entanto, o problema surge quando a economia passa por um período prolongado de deflação, ficando estagnada ou até mesmo recuando durante meses ou anos.

O país que mais sofre com a deflação

O exemplo mais claro que temos no mundo é o Japão, que viu sua economia começar a desacelerar no início dos anos 90 e até hoje vem sofrendo com a deflação constante.

Ainda pode ser difícil de assimilar os motivos dos preços recuarem serem extremamente prejudiciais, mas veja só alguns exemplos:

Comodismo

A deflação constante acomoda os cidadãos, já que sempre existe a expectativa em pagar um preço menor por determinado produto, geralmente sendo mais comum com bens mais caros, como imóveis e automóveis.

Estagnação

Com a expectativa do consumidor em pagar menos, não há venda, não há movimentação, nem produção de novos produtos.

Desemprego

Com a falta de giro da economia, o dinheiro que outrora entrava com as vendas, não entra mais, sendo assim, as empresas são obrigadas a cortar custos para sobreviver, começando com o lado mais frágil: o funcionário.

Esses são apenas três exemplos de como uma deflação prolongada tem o potencial de ser excessivamente prejudicial.

No Brasil, onde somos acostumados com a inflação constante – e até mesmo com a hiperinflação –, não estamos habituados com essa realidade, porém, passamos por uma deflação recentemente, no período em que a pandemia estava começando, até o seu auge.

Espero que tenha gostado do artigo de hoje. Você já conhecia os malefícios da deflação? Sabia que a redução dos preços poderia causar tantos problemas a longo prazo?

Abaixo, segue uma sugestão de vídeo para acrescentar sobre este assunto.

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