Com dinheiro extra, idosos também devem se planejar, diz educadora financeira

04/03/2022

Contribuintes com mais de 60 anos têm prioridade no recebimento da restituição do Imposto de Renda. Mas, com o dinheiro extra na mão, pode surgir a dúvida do que fazer com o montante. Gastar? Investir? Quitar dívidas? Pagar contas que ainda vão vencer? Ou melhor se planejar antes?De acordo com a educadora financeira Teresa Tayra, […]


Contribuintes com mais de 60 anos têm prioridade no recebimento da restituição do Imposto de Renda. Mas, com o dinheiro extra na mão, pode surgir a dúvida do que fazer com o montante. Gastar? Investir? Quitar dívidas? Pagar contas que ainda vão vencer? Ou melhor se planejar antes?De acordo com a educadora financeira Teresa Tayra, que também é diretora de relacionamentos da Associação Brasileira de Educação Financeira (Abefin), para investir, é preciso que as pessoas tenham sonhos e tracem objetivos que possam ser alcançados a curto, médio e longo prazo. Ou seja, se planejar é essencial neste momento.A dica de Teresa serve inclusive para os idosos. A ideia de que deve haver um imediatismo para gastar todo dinheiro que entra ‘a mais’ na conta bancária, por conta da idade, está errada.”Todos devem rever o orçamento e analisar o que é possível poupar para, aí sim, ver qual é o melhor destino para este dinheiro, seja um investimento para agora ou depois. Quando gastamos sem planejamento, nos perguntamos depois de um tempo: cadê?”.Segundo ela, o aumento da expectativa de vida muda a ideia de que o idoso deva usar imediatamente o dinheiro. ”Hoje, o brasileiro pode fazer planejamentos a curto, médio e longo prazos. É possível, sim, traçar objetivos que possam ser alcançados em alguns anos”, reforça.De acordo com a especialista, por trás de qualquer investimento, há um sonho que deve ser identificado para que o planejamento seja realizado. “Quando identificamos os nossos objetivos, o que almejamos, conseguimos com planejamento e economia realizá-los”.Durante o planejamento, é preciso pensar não apenas nos pontos positivos, mas também no que pode dar errado. “Os prós e os contras precisam ser vistos. Uma pessoa pode comprar um imóvel por um preço bom, achando que está fazendo um bom negócio, mas não pensa no tempo que pode demorar para conseguir alguém para alugá-lo ou ainda o gasto que vai ter com condomínio, caso deseje revendê-lo, por exemplo. O mesmo ocorre com as aplicações financeiras. Se a pessoa precisar de volta o valor do investimento, perde-se dinheiro”.Contas em diaColocar as finanças em dia também é um objetivo que precisa ser planejado. No caso da restituição do IR, por exemplo, o montante creditado pela Receita Federal pode ser utilizado para negociar as dívidas diretamente com os bancos ou credores.”Quitar as dívidas também é um sonho concreto que pode ser alcançado ao se planejar. Se o objetivo da pessoa é colocar as pendências financeiras em dia, é isso que ela fazer, ficando atenta ao valor real da dívida, para se possível negociar e parcelar o valor devido, livrando-se de juros”, afirma.SegurançaOs idosos, principalmente, devem ficar atentos para não acabarem vítimas de bandidos e golpistas. De acordo com o capitão André Bonifácio, porta-voz da Polícia Militar na Baixada Santista, normalmente as pessoas nesta faixa etária se colocam em situações de risco sem perceber, em momentos da rotina como sacar dinheiro no banco ou comentar sobre a vida financeira com conhecidos.”Deve-se evitar conversar sobre detalhes de quando e quanto recebe de salário ou pensão e, no banco, sempre estar atento se não está sendo observado ou seguido, além de só pedir informações e ajuda aos funcionários”.A utilização dos cartões de débito e crédito é uma forma de evitar estar sempre com muito dinheiro. “Aqueles que não têm esse costume devem ser orientados pelos familiares para que usem esta tecnologia bancária, aumentando, assim, a segurança. Grandes oportunidades, como bilhetes premiados, por exemplo, também devem ser alvo de desconfiança.”, alerta o capitão.Fonte:https://goo.gl/Egm3Nn

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