Jovens endividados: por que começam tão cedo?

04/03/2022

Um estudo bem amplo, divulgado no ano passado pela Serasa Experian, traçou um mapa da inadimplência no Brasil. Um dado que realmente chamou a atenção é que 28,1% dos jovens entre 18 e 25 anos não conseguem pagar suas dívidas em dia. Nessa faixa etária, estão aqueles que têm dado os primeiros passos na vida profissional e, para a nossa surpresa, já estão sem controle algum de suas finanças.


Um estudo bem amplo, divulgado no ano passado pela Serasa Experian, traçou um mapa da inadimplência no Brasil. Um dado que realmente chamou a atenção é que 28,1% dos jovens entre 18 e 25 anos não conseguem pagar suas dívidas em dia. Nessa faixa etária, estão aqueles que têm dado os primeiros passos na vida profissional e, para a nossa surpresa, já estão sem controle algum de suas finanças.

A explicação para isso é uma só: falta de educação financeira. O meu objetivo com essa coluna é justamente contribuir um pouco mais para que esse cenário mude, especialmente entre os jovens, a fim de que se tornem adultos mais conscientes e sustentáveis. É dessa maneira que funciona o trabalho de educação; de pouco em pouco, atingindo um público, que por sua vez atinge outro, e assim por diante, até alcançarmos o maior número de pessoas possível, formando uma geração melhor.O primeiro ponto a se falar então, no caso de jovens inadimplentes, são os fatores que mais colaboram para essa situação. Inexperiência, exposição à publicidade e influência social. Em outras palavras, se somarmos a inabilidade nos assuntos financeiros, os apelos das propagandas incentivando o consumismo e a influência dos círculos de amizade – que muitas vezes os forçam a mostrar status – o resultado não poderia ser diferente, não é mesmo?E já que eles estão numa fase de absorver todas as informações e conhecimento disponíveis, sugiro que comecem a se inteirar mais sobre o assunto Educação Financeira, buscando participar de palestras e cursos ou mesmo ler publicações que abordem o tema de maneira prática e descomplicada. Uma sugestão de leitura mais aprofundada é meu livro “Ter dinheiro não tem segredo”, voltado especificamente para esse público.Uma orientação primordial que sempre dou aos jovens é para que comecem a ter o costume de estabelecer objetivos de vida, pois são eles que nos farão ter foco e disciplina, gastando menos com impulsividades e mais com coisas que realmente agregam valor. Para isso, é fundamental o mínimo de planejamento, então, recomendo que relacionem, no mínimo, três sonhos: um de curto (até um ano), um de médio (de um a dez anos) e outro de longo prazo (acima de dez anos). Para cada um, devem saber quanto custa e quanto podem poupar por mês, descobrindo em quanto tempo realizará.Depois que começarem a entender um pouco mais desse universo e ver o que podem conseguir sendo educados financeiramente, os jovens perceberão a importância do assunto, não apenas para o presente, mas principalmente para o futuro, conseguindo até alcançar a tão sonhada independência financeira.

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