Literatura de Cordel é reconhecida como Patrimônio Cultural Imaterial Brasileiro

04/03/2022

Na última quarta-feira (19), o Conselho Consultivo do Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (Iphan) concedeu o título de Patrimônio Cultural Imaterial Brasileiro à Literatura de Cordel, gênero literário que teve expansão no Brasil na segunda metade do século XIX e que aborda episódios históricos, temas religiosos, lendas, entre outros fatos do cotidiano.A produção […]


Na última quarta-feira (19), o Conselho Consultivo do Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (Iphan) concedeu o título de Patrimônio Cultural Imaterial Brasileiro à Literatura de Cordel, gênero literário que teve expansão no Brasil na segunda metade do século XIX e que aborda episódios históricos, temas religiosos, lendas, entre outros fatos do cotidiano.A produção da literatura de cordel é feita principalmente na região Nordeste, nos estados da Paraíba, Pernambuco, Rio Grande do Norte, Ceará e Bahia. Atualmente também é possível encontrá-los em feiras culturais e livrarias do Rio de Janeiro, São Paulo e Minas Gerais.E diante desta notícia tão importante para a cultura nacional, a Editora DSOP também tem motivos para comemorar. Recentemente, o livro “O Menino do Dinheiro em Cordel”, idealizado por Reinaldo Domingos em parceria com o escritor José Santos, foi aprovado no PNLD Literário 2018, que irá oferecer livros para alunos da Educação Infantil, dos anos iniciais do Ensino Fundamental e do Ensino Médio das escolas públicas de todo o Brasil. Isso porque o livro segue as normas da Base Nacional Comum Curricular (BNCC), que estabelece referências para os currículos escolares no País para os próximos anos, e classificou a educação financeira como habilidade obrigatória entre os componentes curriculares. Ao todo, foram mais de 1.000 obras inscritas.O escritor mineiro José Santos se apaixonou pela literatura de cordel ainda jovem após fazer uma longa viagem pelo nordeste e explica que esse reconhecimento foi fruto de anos de discussão e mobilização dos cerca de 6 mil cordelistas espalhados Brasil afora.“Creio que todo reconhecimento é importante porque ajuda a divulgar e difundir ainda mais essa cultura. Além disso, com as escolas escolhendo os livros através do PNLD é uma grande oportunidade de divulgar o nosso trabalho. A Editora DSOP apostou no gênero e é um produto novo, que consegue misturar de forma harmônica os conceitos da educação financeira com as mensagens e imagens do mundo do cordel”, conta Santos.No livro “O Menino do Dinheiro em Cordel”, o protagonista viaja até o Recife para visitar o avô e para isso coloca em prática a Metodologia DSOP para poder poupar e realizar esse sonho. Lá ele entra em contato com a riqueza e belezas naturais através da arte do cordel. O personagem encara uma verdadeira jornada de autoconhecimento ao lidar com as questões financeiras contadas pelos repentistas Chico do Bolso Furado, que gastava muito e Maneco Nômico, que era mais controlado com as finanças. Os dois artistas entram em conflito e a história se desenvolve a partir desse embate.”Temos dois caminhos no cordel; podemos pegar outras histórias e adaptá-las. O cordel nos dá essa abertura e o Reinaldo, já tendo esse personagem, me convidou para fazer essa obra. Claro que aceitei na hora”, afirma Santos.Abaixo os dois batem um papo sobre o processo de realização do livro. Confira:

Além desse, o livro “Futebolíada“, também escrito por José Santos e lançado pela Editora DSOP, foi aprovado no PNLD Literário 2018. A obra traz a história de “Ilíada”, de Homero, contada como se fosse um jogo de futebol. Com leveza, graça e humor, o autor escala Odisseu, Aquiles, Pátroclo, Heitor, Ares, Páris e traz, também, deuses como Apolo e Hera para participar da brincadeira.

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