Mágica? Que nada. O segredo é a Educação Financeira!

04/03/2022

Seria muito bom poder comprar tudo o que as propagandas vendem, não é? Aquelas roupas, tênis, relógios, games, TV... O problema é que os adereços da felicidade não vêm junto com esse pacote. Na maioria das vezes, a grande companheira dos consumidores é a ansiedade. Por isso, quando o assunto é dinheiro, educação é fundamental!


Planejamento e mudança de hábitos ajudam na hora de administrar o orçamento.Seria muito bom poder comprar tudo o que as propagandas vendem, não é? Aquelas roupas, tênis, relógios, games, TV… O problema é que os adereços da felicidade não vêm junto com esse pacote. Na maioria das vezes, a grande companheira dos consumidores é a ansiedade. Por isso, quando o assunto é dinheiro, educação é fundamental!De acordo com o Terapeuta e Consultor Financeiro Reinaldo Domingos, a necessidade de se ter conhecimento sobre o dinheiro e tudo que ele envolve é indispensável na vida de qualquer pessoa, de qualquer classe social. “O dinheiro é uma moeda de troca. Vamos tê-lo hoje e sempre. Precisamos entender a educação financeira como uma mudança de atitudes, hábitos e costumes. Só assim, teremos novos comportamentos em relação ao dinheiro. A grande questão não é o quanto você ganha, mas o quanto você administra e gasta”, explica o consultor.

Terapeuta e Consultor FinanceiroReinaldo Domingos

Entre os vilões desse consumo desenfreado, ou melhor, dessa vontade inexplicável de comprar objetos que você nunca se deu conta de que precisava estão a propaganda e o crédito fácil. Para Reinaldo Domingos, o crédito fácil (o cheque especial, o cartão de crédito e as financeiras) dá a chance de você comprar aquilo que a propaganda lhe indicou. Tudo com o dinheiro que você não tem, na prática.“Eu escuto com frequência uma frase preocupante. Muitas pessoas acham que só podem comprar coisas se elas tiverem dívidas. E não é nada disso. Pense comigo. Quem tem prestações tem dívidas. Quem tem dívidas paga juros. Quem paga juros paga mais do que o valor real da mercadoria. E quem paga mais não consegue guardar dinheiro”, destaca Reinaldo.Para se proteger desse bombardeio, antes de qualquer planilha orçamentária, vem a educação. Mais especificamente o senso crítico. Segundo a consultora econômica Cássia D’ Aquino, as noções sobre educação financeira devem ser passadas pela família dos jovens, enquanto as escolas deveriam trabalhar em conjunto para despertar o senso crítico deles.“Os jovens têm que fazer escolhas. Às vezes, o que é frugal para um adolescente é importante para outro. Estamos falando de um público frágil e permeável às tentações. A publicidade procura arrastá-lo com os seus convites. Devemos ter em mente que ninguém tem tudo o que quer. É da condição humana essa impossibilidade”, explica.De acordo com Cássia D’Aquino, uma pessoa bem educada em relação ao dinheiro deve ser capaz de:

Se você conhece aquela pessoa que ganha dinheiro, mas é o famoso “mão de vaca”, fique alerta! Ele não sabe nada. Para Cássia, alguém que sabe ganhar dinheiro e tem problemas para gastar não lida bem com o assunto. “É preciso estar atento a estes quatro pontos. Todo mundo precisa fazer escolhas. Qual futuro você está desenhando para si próprio?”O fio da meada A discussão é boa, mas se você está no vermelho deve estar se perguntando: por onde começar? O consultor financeiro Reinaldo Domingos compartilha conosco a metodologia desenvolvida e ensinada no Instituto de Educação Financeira, do qual é presidente. Vale conversar sobre isso com a sua família, pois todos sairão ganhando.1- Diagnosticar:“Primeiro, a pessoa precisa tirar uma fotografia da vida financeira dela. Ela precisa registrar quanto ganha, o quanto ela gasta, com o que gasta e quanto (se tiver) tem guardado”. Mas atenção, todos os gastos têm que estar especificados por categorias e durante 30 dias. É importante que você saiba exatamente quanto gasta na padaria, no supermercado, no cinema, na balada. Se quiser, é só baixar a planilha prontinha no site do Instituto (www.disop.com.br). Isso é importante para você e sua família saberem se gastam com supérfluos e onde podem economizar para conquistar os seus sonhos. Mas esse é o item número 2.2- Sonhar“Os sonhos das pessoas podem ser realizados. O critério é controlar a ansiedade, fazer contas e saber o que quer. A maioria das pessoas vive por viver. Não tem foco. O que você e a sua família querem em um ano? E em 10? Você precisa definir o tempo que quer realizar suas conquistas e saber quanto elas vão custar”.3- Orçamento FinanceiroAgora que você já sabe quanto gasta, com que coisas tem mais despesas e já definiu suas metas, é hora de remanejar a grana. Tira daqui, coloca dali. Sempre priorizando os seus objetivos, sonhos. “As pessoas não colocam seus sonhos em primeiro lugar. É assim que deve ser. Anote quanto você ganha e subtraia a parcela do seu sonho. O que sobrar é para as despesas. Nessa etapa, você já sabe quanto gasta. Por isso, é mais fácil descobrir em que categorias pode economizar”.4- PouparTudo depende do seu sonho. Se você quer uma TV, separe uma parcela do seu dinheiro. Poupar é igual a guardar. O tempo varia de acordo com o objetivo. “Poupar não significa fazer uma caderneta de poupança. Se suas metas são de curto prazo, a caderneta de poupança pode ser indicada. Mas se você tem metas de médio e longo prazo, não. Em longo prazo as economias envolvem a sua independência financeira, a casa própria e a aposentadoria”.Foco

Consultora econômicaCássia D’ Aquino

Sabe aquele tênis que você tanto quer? Ou aquela roupa? Não se desespere se a grana está apertada. A dica da consultora financeira Cássia D’Aquino é: tenha metas. Onde você quer estar nos próximos cinco anos? Pense que para alcançar objetivos é preciso definir prioridades.“Ajuda bastante quando um jovem consegue perceber aonde ele quer estar. Como eles imaginam que vão alcançar seus objetivos. Isso vai dar alguma possibilidade de fazerem escolhas, de terem perspectivas de longo prazo e a saírem do “eu preciso desse tênis agora, desse jeans agora”, continua a consultora.Para ajudar a galera, Reinaldo Domingos escreveu o livro “O menino do dinheiro”, no qual aborda esses conceitos de educação financeira de maneira lúdica, com uma linguagem simples. Confira a história do menino que aprendeu a economizar e a fazer escolhas com o seu pai, o Sr. Desprevenido, a sua mãe, a Dona Previdência, e o seu professor Reimoney.Você não entende nada de Finanças e Economia? Fique ligado no tema, pois ele é importante para você como indivíduo e cidadão!Fonte: http://www.conexaoaluno.rj.gov.br/especial.asp?EditeCodigoDaPagina=3480

Você pode ler também