Manutenção do carro sobe

04/03/2022

O preço de produtos e serviços para quem fez a manutenção do veículo em setembro ficou até 12,86% mais alto em relação ao início do ano na região metropolitana de São Paulo. De acordo com o Índice de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA), do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), dos sete itens analisados relacionados a gastos com automóveis, seis apresentaram aumento no acumulado de janeiro a setembro de 2009.


No acumulado de janeiro a setembro, gastos como os de oficina chegaram a aumentar até 12,86%O preço de produtos e serviços para quem fez a manutenção do veículo em setembro ficou até 12,86% mais alto em relação ao início do ano na região metropolitana de São Paulo. De acordo com o Índice de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA), do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), dos sete itens analisados relacionados a gastos com automóveis, seis apresentaram aumento no acumulado de janeiro a setembro de 2009.O maior aumento foi para os gastos com oficina para o conserto de veículo, com 12,86% de reajuste – o IPCA para São Paulo registrou elevação de 3,38% no período. O aumento do preço de óleo para automóvel foi de 11,60% e é o segundo no ranking das maiores altas. E na sequência vem a pintura automotiva, que ficou 10,73% mais cara (veja gráfico).O único item que apresentou queda de preço no período foi pneus e seus acessórios, com queda de 0,17%.Na análise nacional, o maior reajuste foi da lubrificação e lavagem automotiva (10,65%), pintura de automóveis (8,88%) e óleo para veículos (8,69%). No mesmo período, o IPCA registrou 3,21%.Para o educador financeiro Reinaldo Domingos, o custo de manutenção raramente é contabilizado pelo consumidor na hora de comprar um veículo. “Se a renda do proprietário não acompanhou esses aumentos, esse dinheiro terá de ser tirado de algum lugar para cobrir esses custos”, afirma.Domingos acredita que por não levar em consideração os gastos totais do veículo – impostos, seguro, manutenção, combustível, entre outros -, que vão além da prestação mensal do financiamento, a pessoa pode ser perder financeiramente. “Muitas vezes essa pode ser a causa do desequilíbrio financeiro. É preciso avaliar o que o carro lhe agrega de valor e se vale a pena esse custo”, diz.O economista da consultoria MSantos, especializada no setor automotivo, Ayrton Fontes, explica que, para evitar os gastos com manutenção, muitos consumidores têm optado por trocar de carro a cada 50 mil km, ou cerca de dois anos. “É uma forma de fugir dos custos de manutenção, pois é mais barato trocar o carro do que gastar com os reparos necessários”, explica.A recomendação de Fontes para quem vai fazer qualquer tipo de manutenção, seja comprar peças ou trocar o óleo do motor, é pesquisar preço. “A variação de custo de um produto entre uma loja e outra é muito grande, pode passar dos 50%”, comenta.O presidente do Sindicato da Indústria de Reparação de Veículos e Acessórios do Estado de São Paulo (Sindirepa-SP), Antonio Fiola, discorda que tenha ocorrido aumento tão expressivo nos itens para concerto de veículos. “Sempre fazemos pesquisa de mão de obra e o reajuste foi de 6% nesse período”, diz. No entanto, ele afirma que a demanda nas oficinas cresceu 12% com a inspeção veicular obrigatória. “Mais peças estão sendo trocadas”, afirma.CUIDADOSAntes de comprar um veículo, o consumidor precisa levar em consideração os gastos que vão além da prestação do financiamento. O automóvel demanda manutenção, combustível, troca de óleo, seguro, paga impostos, entre outros custosA recomendação de especialistas em caso de aumento de preço dos produtos e mão de obra é pesquisar antes de fazer o serviço. Se o custo ficou acima do esperado no orçamento, o indicado é avaliar se realmente é possível assumir os gastos de um carroFonte: http://txt.jt.com.br/editorias/2009/10/22/eco-1.94.2.20091022.17.1.xml

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