Mercado de veículos em queda: é hora de comprar?

04/03/2022

Segundo a Fenabrave (Federação Nacional de Distribuição de Veículos Automotores), o mercado de veículos novos recuou 26,5% em 2015, maior queda desde 1987. Isso é consequência da alta do dólar, inflação e tributos. Mas independente das razões para esse cenário, a pergunta que fica é: comprar ou não um carro agora?


Segundo a Fenabrave (Federação Nacional de Distribuição de Veículos Automotores), o mercado de veículos novos recuou 26,5% em 2015, maior queda desde 1987. Isso é consequência da alta do dólar, inflação e tributos. Mas independente das razões para esse cenário, a pergunta que fica é: comprar ou não um carro agora?

Na verdade, o custo ainda é alto e a recomendação é que a compra só deve ser feita com dinheiro à vista, e mesmo assim com muito cuidado, visto que o período de nossa economia ainda é instável. Promoções e feirões que oferecem condições especiais de pagamento ocorrem a todo o momento, ainda mais nessa situação de baixa no mercado. Portanto, dá pra ir com cautela, sem ansiedade.Tome as rédeas de sua vida financeira de uma forma simples e eficaz! Conheça a Metodologia DSOP!É importante entender que adquirir um carro traz diversas despesas, não dá pra considerar apenas o valor dele. Manutenção, combustível, IPVA, seguro, licenciamento, lavagens, estacionamento e possíveis multas são apenas alguns dos itens que devem ser levados em consideração. Fazendo uma conta rápida, o custo médio mensal representa algo em torno de 3% do valor do automóvel. Então, para um veículo popular de R$25 mil, daria R$750 por mês, o que, muitas vezes, é maior do que o valor das parcelas.Para quem não precisa do carro como instrumento de trabalho, comprar um é optar por mais segurança e comodidade, mas não chega a ser um investimento, pois há uma boa desvalorização. Por isso, é importante que, antes de decidir pela aquisição, se faça alguns questionamentos. De repente, um seminovo pode suprir muito bem as necessidades, conseguindo até um modelo melhor, gastando menos. Em grandes capitais, pode até ser pertinente o uso de transportes alternativos, como metrô e taxi.Sobre parcelamentos ou financiamentos, só em último caso, por causa dos juros, o que aumentaria muito os custos dessa compra – considerando o valor total que gastaria por mês, com aqueles itens que citei acima. Obviamente, para quem está endividado, parcelar parece ser uma saída, mas, na verdade, só fará com que a situação se torne cada vez mais insustentável, caminhando rumo à inadimplência.Aos poupadores, a situação é melhor, mas ainda assim aspira cuidados. O questionamento não é mais se tem condição, mas sim se realmente precisa trocar/comprar um carro agora. Atitudes impulsivas trazem consequências graves; agir com educação financeira é o caminho para tomar as melhores decisões.

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